quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O perfume através dos tempos


Assim como o vestuário e os objetos, a perfumaria revela aspectos e hábitos de uma época. As primeiras essências desenvolvidas pelas mãos de perfumistas visavam à celebração religiosa. Com o uso da tecnologia, as fragrâncias ganharam novos ingredientes e se espalharam mundo afora, criando um verdadeiro fascínio entre os mais diferentes perfis de consumidores. Marcantes, suaves, cítricos ou delicados, os perfumes ajudam a compor a identidade das pessoas.
As primeiras evidências no uso das fragrâncias remontam ao Antigo Egito, com o uso de raízes e caules que eram macerados e queimados para perfumar os ambientes durante as principais celebrações. O uso de óleos essenciais também aparece em pergaminhos que descrevem técnicas de embalsamação. Mas foi o uso cosmético das fragrâncias que encantou os gregos e romanos. Estes últimos ampliaram a utilização das essências com a criação das famosas casas de banho, localizadas em várias cidades do antigo Império. A mais famosa delas é Pompéia, que possuía balneários de grande luxo e beleza. Por esta razão, aos romanos se deve a difusão das fragrâncias por toda a Europa. Mais tarde, os franceses comercializaram as fragrâncias em frascos e deram início às clássicas indústrias da perfumaria moderna.
Símbolo de sedução
A entrada da mulher no mercado de trabalho e o novo estilo de vida inaugurado no século 20 ampliaram a concepção que se tinha do perfume. Um dos principais nomes dessa época é a estilista Coco Chanel, que compreendeu a importância do perfume como acessório da moda e lançou, em 1921, o Chanel Nº 5, um perfume revolucionário. A essência rompia com os aromas florais que imperavam na época e tinha como proposta celebrar esta nova mulher: forte, decidida, independente, mas que sabia encantar e seduzir. A atriz Marilyn Monroe personificou essa idéia ao anunciar que “vestia” apenas duas gotinhas de Chanel Nº 5 para dormir. Em 1959, o design do frasco foi exibido como obra de arte no Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMa, símbolo de vanguarda.
As décadas de 1950 e 1960 foram marcadas pela volta das fragrâncias mais sóbrias para atender ao gosto da classe média. Mas isso não durou muito. O movimento da contracultura, no final dos anos 60, evidenciou as fragrâncias frescas, de um lado, e as marcantes, de outro, numa referência direta à cultura oriental e às essências usadas pelos hindus. Época em que homens e mulheres recusavam um estilo único e usavam da criatividade para criar o seu próprio estilo.
Daí para frente, o perfume passou a atender inúmeros requisitos e cada um de nós desenvolveu um jeito de ser, de vestir e atrair. Definitivamente, o perfume passou a ser considerado parte de nossa identidade, já que ao contato da pele revela-se único, peculiar. Um elemento a mais na conquista e na marca de nossa presença.
Natura Humor
Humor é o tempero das relações

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